Nota de Esclarecimento e Repúdio - 16/12/2021

O proprietário de um apartamento do Bloco B – na data de hoje por volta de meio dia e meia, deu um escândalo aos berros na portaria do prédio, ofendendo o zelador Márcio, que se encontrava cobrindo o horário de almoço do porteiro.

 

Que era um funcionário incompetente; que estava indeciso com a opção sexual dele; que não tinha capacidade intelectual de ocupar o posto de portaria; que era um ignorante; que era homofóbico, e o perseguia constantemente. Aos berros e ofensas humilhando o pobre funcionário, que por sinal é um dos mais educados, dedicados e exemplares funcionários do condomínio.

 

Não satisfeito, interfonou para o meu apartamento, aos berros, com acusações infundadas e criando um factóide de que era perseguido pelo dito funcionário por razões de homofobia.

 

Todo esse episódio durou mais de meia hora, deixando diversos moradores escandalizados, a ponto de diversos surgirem após na portaria para manifestar sua desaprovação com tamanha conduta reprovável.

 

Cumpre destacar que tal episódio se iniciou, quando o mesmo tentava entrar no prédio usando máscara, o funcionário não conseguindo reconhecer pelas câmeras, perguntou no interfone quem era e do que se tratava, quando este já começou aos berros dizendo que era morador e que ele tinha a obrigação de reconhece-lo e abrir de imediato a porta.

 

Eu mesmo como síndico e morador, bem como outros tantos, passamos diversos momentos similares, pois, de máscara, cujo uso se tornou padrão durante esse período de pandemia, muitas vezes dificulta o reconhecimento devido a cobertura do rosto.

 

Ao contrário de ser menosprezado por tal conduta, deveria o mesmo ser elogiado, pois tais medidas são imprescindíveis para manutenção da segurança de todo o condomínio, devido ao aumento exagerado das ocorrências de criminalidade neste âmbito no Estado do Rio de Janeiro, como no Brasil inteiro.

 

Ainda na tarde deste mesmo dia, o mesmo abordou a mim – síndico e Dulce – subsíndica na porta do condomínio, aos berros, exigindo providências contra o funcionário, repetindo novamente que era perseguido pelo porteiro por sua orientação sexual, ofendendo, acusando uma senhora de 73 anos de idade, amparada pelo estatuto do idoso inclusive, bem como tentando intimidar esse síndico com ameaças de processos, e outras providência. Que nosso trabalho que era admirável, agora se tornou um lixo horrível.

 

Cumpre destacar que além de diversos moradores e funcionários, um morador especificamente, testemunha ocular, também foi ofendido pelo dito proprietário enquanto defendia o funcionário.

 

Destaca-se inclusive, que esse morador ofendido, é homossexual assumido, reside com seu companheiro há décadas no condomínio, e confirmou que o dito funcionário é extremamente gentil, cortês, prestativo e que jamais teve qualquer postura discriminatória com a enorme comunidade lgbtqsi+ do condomínio.

 

Diante disto, só me restou comunicar ao Jurídico, para que faça uma notificação/advertência ao dito proprietário, sobre o tipo de conduta reprovável, acusações infundadas, como na incidência de crime de calúnia, e outros contra a honra do funcionário e membros da administração, sob pena de representação criminal e responsabilização civil referentes à mácula da honra alheia. Além da possível aplicação de multa em eventuais escândalos e desrespeitos.

 

A administração e o jurídico do condomínio sempre estarão a disposição para a defesa dos seus, alvos de injustos.

 

Saudações

 

Adrian Gabriel